quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Coincidência
Então é isso. Agora já tenho a permissão para trabalhar, só falta o emprego. E eu já estava tão acostumado a cuidar da casa e estudar... Antes do emprego preciso do número do seguro social, é como o nosso CPF, sem ele você não vale muito. Eu só podia solicitar o meu depois de receber o cartão de trabalho. Já fiz a solicitação e o seguro social deve chegar pelo correio até terça-feira. Tem um emprego aí, tio?!?!?!?!?
A diretora da biblioteca me deu hoje uma excelente carta de recomendação, tomara que seja útil. Retornei à Energeizer, as vagas foram realmente preenchidas, mas estou aprovado e quando houver novas oportunidades posso ser chamado. Claro, espero conseguir outro emprego antes disso. Minha meta é trabalhar só um turno, assim terei tempo para estudar e ainda posso ajudar na biblioteca uma ou duas vezes por semana, além dos afazeres domésticos, óbvio!
Beijos, saudades,
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Sabotagem
sábado, 25 de outubro de 2008
Jerimum Elétrico
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Patins!
Fomos ontem patinar novamente. Diversão eficaz e barata. você paga um dólar pela entrada na pista e mais 1,50 pelo aluguel do patins. O preço é promocional nas quartas. Nos outros dias o aluguel sai pelo mesmo valor, mas a entrada é 4 pilas. Como já começou a esfriar é uma ótima opção de atividade física, porque já parei de correr. Correr na rua com sete graus de temperatura é um pouco demais para mim. Quando tiver emprego entre em uma academia, assim posso usar a esteira.
Estou fugindo do assunto. Patins. O melhor foi o tombão da Marisa, que consegui filmar. A Isa disse que sou sádico, mas você também pode rir!
Por falar em Marisa, também ontem foi dia de fotos na escola. Essas fotos de perfil lateral - muito estranhas para nós, que são publicadas no Livro do Ano. Marisa acordou sozinha às 05h13 para tomar banho e lavar o cabelo. Levantei 05h55 e ela estava à mesa, já tomando café da manhã. Engraçado, né? Nos dias normais dá uma trabalhão tirar esta peste da cama...
Beijos, saudades.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Milionariamente só
Acabo de descobrir que fechando os olhos a madruga surge, o que é sempre perigoso quando a folha em branco olha para você. Cai na besteira de assistir sozinho ao DVD ao vivo do Capital Inicial. Queria tentar me achar em meio à multidão, já que a gravação foi na Esplanada dos Ministérios no aniversário de Brasília.
Bom, é 21 de abril. Feriado para uns. Dia de branco para outros. Sou um dos outros. Mas nem é tão branco assim. Antes das 11 horas já estava liberado.
Não está fazendo sentido, né?
Recomeçando.
Bom, é 21 de abril e o GDF preparou uma mega-hiper-super-power festa de 18 horas de duração na Esplanada dos Ministérios para comemorar os 48 anos de Brasília. Previsão de um milhão de pessoas. Segundo a PM, um milhão e duzentas mil passaram por lá. Há quem diga que o feriado do dia 21 é em homenagem a Tiradentes. Como hoje há também aqueles para os quais Joaquim sequer existiu (você realmente crê que o Armstrong pisou o solo lunar?), sempre associei o 21 de abril ao aniversário da Capital. É como o Dia das Crianças. Que papo é essa que é dia da padroeira?!?!?!?!?! Eu quero é meu presente!
Pois sim. Por causa da festa, trabalhei das 07h30 às proximidades das 11h00. Como esperava ficar durante todo o dia por conta da festança, recebi de muito bom grado a notícia de que podia pôr a viola no saco e curtir o resto do feriado em plena segunda-feira. Fui deixado em casa e resolvi pegar a bicicleta para dar uma volta pelo outro lado da Esplanada, a 'Brasília de cá' como diria Walter Lima. Durante as poucas horas de trabalho, transitei pela 'Brasília de lá', aquela dos palanques e palácios. Acabei contagiado pela festa, muitas famílias, gente que em geral não tem opções de lazer (teve metrô de graça) e resolvi voltar no início da noite para dois shows, um em comemoração aos 50 anos da Bossa Nova e outro do Capital Inicial. Aliás, a escolha dos espetáculos foi muito bem feita, tinha para todo mundo, de Rebeldes a Orquestra Sinfônica.
Da 'Brasília de lá' trouxe no pulso uma pulseirinha (pleonasmo ridículo, desculpe. O cara inventa a palavra para simplificar as coisas e eu desmancho tudo) que me dava acesso ilimitado aos shows. Neste ponto, você tem o direito de perguntar: Como assim ‘acesso’, se a festa era para a multidão? Então, vale registrar que as comemorações foram bem a cara de Brasília: por níveis, cada macaco no seu galho (lembrei agora de uma moça que trabalhou lá em casa, que nunca tinha ido ao Park Shopping ou ao cinema).
Para não ser chato, não a festa era estratificada, mas sim os shows. Havia grandes áreas VIPs diante dos palcos e alguém da 'Brasília de cá' jamais chegaria a menos de algumas dezenas de metros de quem cantava. Eu podia dizer, por questão pseudo-ideológica, que tinha resolvido ficar na área destinada aos não-VIPs, mas vou admitir que estava tudo tão cheio de gente que sequer consegui chegar na frente de palco para o Capital Inicial. Minha pulseirinha no pulso (!) não pôde ser mostrada a alguém e perdeu o efeito mágico de abre-te Sésamo.
Resolvi ir ao show do Capital porque os caras iam gravar um DVD e quem sabe eu aparecia na imagem? Tentar fazer parecer à Isa e à Marisa que os longos sete meses de solidão candanga não foram tão duros e até me diverti. Olha eu ali!
Só que de tanto pensar em me divertir, ou fazer assim parecer, senti uma profunda solidão, daquelas que exigem uma pessoa conhecida ao lado nem que seja apenas como figurante. Olhei para os lados e vi num relance dezenas, centenas de rostos desconhecidos. É sempre muito comum encontrar pessoas conhecidas em grandes eventos, mas olhava em volta e não reconhecia ninguém. Intrigado, resolvi andar pela multidão em busca do meu 'alguém'. Não me parecia possível deixar de reconhecer unzinho sequer em meio a milhares. Pois não é que, no bolo de um milhão e duzentas mil pessoas, estava completamente só? Nada, ninguém. Ninguém mesmo. Nem um daqueles 'acho que já vi esse cara' ou 'conheço essa moça de algum lugar'. Nada, absolutamente nada. Um milhão e duzentos mil estranhos, disformes, cantando "se você não entende, não vê / se não vê, não me entende".
E eu via, mas não entendia.
Daí veio aquela ânsia. Ligo ou não ligo? Quando sua existência é transferida para outro país a conta do celular passa a ter um peso inacreditável no orçamento doméstico! Ligar ou não ligar para a Isa? Ligo ou não ligo? O número está programado no celular, é só apertar um botãozinho de nada...
Claro, liguei.
Ou melhor, tomei a decisão de ligar. Tateio o local onde fica o celular e... nada. Estava com uma calça com onze bolsos, muito útil para dias de multidão - um assessor de meia pataca sempre tem tudo à mão, procuro em um, outro, mais um, aquele super escondido. Cadê a porra do celular? Nada. Fui roubado!
De fato, ninguém jamais está só. Tem sempre alguém de olho em você...
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Guerra de testosterona
"Como ex dona de gato, tenho que avisar. O bichano está delimitando território, você ainda não entendeu que a cadeira é dele e não sua. Para de insistir, vá gaste um pouco mais de sua parca finança e compre outra".
É o conselho que recebo em um comentário na mensagem de ontem. Só não vai dar para segui-lo. Primeiro, nem que eu quisesse poderia comprar outra cadeira, já que ela foi achada em uma loja de usados. Gostou? Compre na hora, no dia seguinte ela pode não estar mais lá. E outra, gastar por causa do gato já é demais!
Eu e ele vamos ter de nos acertar. A poltrona, como disse, pode até ficar com ele. Na imagem acima o gato vigia minha leitura. Se levanto, ele pula para o assento. Enquanto não saio, o gato fica a dar petelecos com a pata em minha orelha. É uma guerra de nervos, mas quase sempre venço. Ele pula daí e vai para outro lugar.
Na sequência, um montinho sobre a cama, o que será??? Pois lá está o preguiçoso dormindo. Quando eu demoro a arrumar a cama,
ele fica me rondando e miando aquele miado de bebê-deixado-com-a-avó-e-uma-mamadeira. Não dá para suportar. Vou ao quarto, arrumo a cama. Pronto, agora é paz. Ele vai dormir entre o edredon e o lençol por longas horas.
De lá ele só sai se estiver com fome ou se eu tiver esquecido qualquer sapado fora do armário. O gato tem prazer em destruir meus cadarços.
Não vou repetir os hábitos sanitários do felino sob minha mesa no escritório, vai parecer perseguição. Sou um amante dos animais. Já tentei uma aproximação maior. Peguei o bichano no colo, fiquei acariciando, ele foi dando corda, fui passando a mão sobre o pêlo (esse acento diferencial ainda está em uso?), o gato foi ficando mole, abriu a boca, começou a fazer um barulhinhos, o barulho foi aumentando, uns gemidos meio estranhos... Joguei o tarado para longe de mim.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Festival de Outono
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Apenas para dizer um oi rápido. Ainda estamos vivos cá em cima. Esta semana estou um pouco apertado com as leituras do mestrado e ainda fui atingindo em cheio por...
Não, não foi o tornado, e sim uma gripe com garganta inflamada. Tudo sob controle, mas dá preguiça até de ligar o computador.
Bom, para não passar em branco, semana passada fomos patinar. Muito divertido, conto os detalhes depois. Espero o o vídeo funcione, sou mestre em apanhar dessas coisas muito 'muuudernas'!!!!
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Cadeia alimentar
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Quem é o cantor?
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Quase-emprego
Como disse, minha memória me trai de vez em sempre. A Isa puxa minha orelha: quando saímos de Paracatu (lua-de-mel na oficina, lembra?) seguimos para as cidades históricas de Minas e uma nova mangueira do Chevette estourou em João Pinheiro, não em Presidente Olegário. PO fica mais ao sul do estado e nem é caminho para Ouro Preto.
A Isa é como meu drive externo, então estava arquivada nela, e não na minha CPU, essa informação, acrescida do fato de que em JP até visitamos uns parentes dela. Por conta própria acrescento que Presidente Olegário é a cidade do pai e dos tios da Isa. Aliás, já até estive lá em uma viagem de fim-de-semana com seu Isaías e a Florzinha para o aniversário de 70 anos do tio Ângelo. A Isa não foi porque trabalhava no sábado. (Tá tudo certinho, Isinha?!?!?!)
Bom, hoje consegui meu quase-primeiro-emprego-na-terra-do-tio-sam. O pessoal da Energizer me ligou, achei até que tinha sido desqualificado, porque fiz o processo seletivo há umas duas semanas ou mais. Bom, mas a mocinha me ligou, só que a tal da autorização de trabalho ainda está em processamento, ou seja, não foi desta vez que virei operário. Será que tem de usar macacão? Já me vejo com um macacão cinza com uma pilha impressa nas costas e uma flanela suja de graxa no bolso de trás. A mocinha disse que as vagas não são raras e solicitou que, quando a autorização chegar, eu entre em contato para saber de novas oportunidades.
Levei até um susto quando o telefone tocou e não era a Isa. Como ainda não tenho dívidas por aqui, cobrador não poderia ser. Meu medo é o Visa!
Beijos e saudades,
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
FS em NY
Beijos e saudades (exceto de Feira, claro),
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
O outro lado da cerca
Algumas semanas antes de vir para cá fui com um grupo de amigos a um show do Paralamas e Titãs em Brasília. Não lembro o nome do lugar, mas é um galpão sem qualquer acústica perto da Vila Planalto. Bom, antes de dizer o que realmente interessa, lembrei que naquele dia eu fui o tal 'amigo da vez'. Tinha uma blitz na L2 e fiz o retorno três vezes, mas os PMs foram incapazes de me parar. Tenho certeza que no dia que eu tomar meio Martini vou preso. Ser amigo da vez não é a marivilha que pensei, tive de pagar o ingresso - mais, antes fui até lá comprar as entradas de todo o grupo - e só me serviram água. Minto, o sanduíche depois no Sky's também foi por conta dos bêbados. Passei na Blitz antes e depois do Sky's, nada de bafômetro. Ao todo, foram SEIS tentativas frustadíssimas de ser parado. Queria muito ter sido aprovado no teste. Esses meus quatro amigos estariam no meu bolso para o resto da vida...
Ingresso. Era disso que eu queria falar. Estávamos no camarote, uma das maravilhas da vida pequeno-burguesa que em geral passa a ser possível em algum ano próximo ao trigéssimo. Como só eu estava sóbrio, tive tempo de sobra para divagar. Uma cerca de 1,20 metro separava a área do camarote do 'resto' da platéia. Lembrei das tantas e tantas vezes em que estive do outro lado. "Então, é assim estar no camarote?!". Posso, como sempre, estar enganado, mas na minha época do outro lado o camarote era lateral. Quem pagava o ingresso simples conseguia chegar perto do palco. Agora, quem não tem tanto dinheiro (mesmo as entradas mais baratas são caras demais) fica a dezenas de metros do palco.
A novidade é que estou novamente do lado de lá. Aqui nos Estados Unidos fui empurrado de volta. Não dá para entrar em camarote sem carteira de trabalho. Muito menos vivendo do salário da esposa. E foi de novo como estudante que voltei a Nova Iorque. E, já adianto, foram três dias muitíssimo divertidos.
Conheci NY em 95, ano que eu e Isa casamos. Não, não foi lua-de-mel. Casamos em janeiro, viajamos em dezembro. Nossa lua-de-mel foi, ou melhor, ia ser, nas cidades históricas de Minas.
Vale a pena abrir o parêntese.
Casamos sem um puto no bolso, Isa estudava Economia na UDF e dava duzentas mil aulas de inglês por dia; eu fazia três estágios: manhã, tarde e madrugada. Faculdade à noite. Claro, não tínhamos carro. Mas temos eu e Isinha a sorte de compartilhar o gosto por coisas antigas, que venham com história (essa é a desculpa mais chique para termos o apartamento de Asheboro inteiro montado com móveis usados, digo, 'com história' - parêntese dentro do parêntese? Devia ter usado colchete).
Assim, decidimos passar a lua-de-mel nas cidades históricas de Minas. Ouro Preto, Mariana, etc, etc, etc. Sem roteiro definido, nada de hotéis agendados ou programas marcados. Aonde desse vontade de ficar, a gente achava algum lugar dentro do orçamento. Como é bom ter 20 anos!!! Bom, destino escolhido, faltava o meio de transporte. Conseguimos emprestado da irmã da Isa um Chevette 1989. Era 95, um carro de seis anos está em plenas condições de uso. Era o que imaginávamos...
Eu era tão duro que não tinha dinheiro nem para tirar a carteira de motorista, então, só a Isa dirigia. Passamos a primeira noite no Hotel Bonaparte e saímos no meio da manhã rumo a Minas. Lá pelas tantas começou a sair fumaça do motor do carro. Meio do nada antes de Paracatu. Só nos restou pedir carona. Parou uma família bem simpática de BH, tempos depois até os reencontramos na fila para o visto na Embaixada dos Estados Unidos. O Brasil, como todo norte-americano sabe, é uma ilha.
Retomo. Carona até Paracatu, conseguir um guinho em pleno domingo, voltar até o Chevette, trazê-lo até a porta da primeira oficina e morrer em R$ 80. Como disse, era domingo, oficina fechada. Fizemos uma estravagância: nos hospedamos no melhor hotel de Paracatu. Tinha até ar-condicionado. Manhã de segunda, esperamos a oficina abrir.
A oficina era do seu fulano, mas seu fulano estava quase cego e o filho do seu fulano fazia as coisas, sob ordens enfáticas do seu fulano. Diagnóstico: retífica. O termostato estava quebrado e o cabeço rachou. Não sabia o que isso significava, mas me pareceu grave. Tudo por causa de uma mangueirinha de nada que ressecou e jogou toda a água fora. Pensei que o carro era movido a gasolina, e não a água.
Seu fulano adorava jogar damas e nunca tinha perdido uma partida para qualquer um dos paracatuenses. Isa se oferece para jogar com ele. "Isinha, deixa o velho em paz, ele é o dono da oficina, trabalha muito, deve estar cansado". "Sente, minha filha". "Isinha, deixa o velho em paz". O diabo da mulher é teimosa. Pior, sabe jogar damas! Ganhou a porra do jogo. Seu fulano ficou puto da vida, colocou o tabuleiro debaixo do braço, as chapinhas de refrigente num copinho de alumínio e sumiu. Resultado do jogo: o conserto do carro levou três dias e custou R$ 800. OITOCENTOS reais em 1995, dava para ter comprado o Chevetti!!!!
Mas lua-de-mel é só festa. Catamos as moedas do troco e seguimos viagem. Ao chegar em Presidente Olegário, a cidade seguinte, outra mangueira do Chevetti estoura. Mas a boa notícia é que desta vez o termômetro avisou e paramos em tempo. Noite, dormir na cidade e esperar um loja abrir. Mangueira nova. Saímos de PO na manhã seguinte rumo a Brasília. Quanto mais longe, mais caro seria o guincho para nos levar de volta à capital!!!!
Fecha parêntese.
E tchau. Acabou o espaço, Nova Iorque fica para outro dia.
Beijos e saudades,