sexta-feira, 13 de março de 2009

Sobre dependência e vinho


Pois bem, vou cortar o blá-blá-blá sobre os motivos que provocaram esta pausa entre a mensagem anterior e esta e as promessas de escrever com frequência para dizer o que realmente interessa: são 23h55 de uma sexta-feira sem Wal-Mart e a Isa dorme desde 17h30.

Sextas-feiras de folga no Wal-Mart são raras, mas também não é isso que interessa: tenho quatro textos prontos para postar no mestrado, mas não tenho coragem de fazê-lo sem o okay (é assim que eles usam aqui. Práticos em quase tudo, os norte-americanos conseguiram dobrar de tamanho o simples OK) da professora de inglês. Eu, que sempre editei, sou agora editado, e sempre. E sempre.

A sensação de dependência é algo curioso. Aqui sou café-com-leite, como também o era no mãe da rua de 78, e se você não cresceu entre os menos de 100 metros da Rua Rio Grande vai ter de descobrir o que a expressão significa. O bom é que, além da certeza de que é uma situação temporária, dependo da única pessoa com quem sempre dividi (des)crenças e angústias: dona Isabelita Solano Mendes, que por opção e contra a minha vontade em 95 passou a usar o Peixoto.

Me resta a feliz companhia de um esvaziante pinot noir californiano, Ella Fitzgerald, Diana Krall, Madeleine Peyroux e da Bravo de novembro/08 - presente perfeito enviado de Brasília. E um imprevisto tempo livre para ressuscitar o Oraite. Como disse o poeta feirense em um e-mail 'vida longa ao Oraite'. E acrescento: que venha a geração espontânea, porque se depender de tempo para postagens é preciso apostar no sono da Isa. Moleza, pule de dez.

Na foto, tudo o que vejo neste momento da poltrona que o gato mui gentilmente me permitiu usar hoje. São 00:10 do sábado 14, dia de Wal-Mart.