segunda-feira, 25 de maio de 2009

O frentista, o médico e o Pannunzio



Olá pessoas,

Quando começei a postar no Oraite tomei a decisão de não citar terceiros, apenas o G10 - Isa, Marisa, seu Fernando, dona Nilma, Teo, Lu e Vitão, Lore, Alice e Vini. Ah, vá lá, G11, porque tem o Gato. Bom, algo que aprendi aqui na terra-da-descarga-eletrônica foi a morrer de medo de ser processado e, como entre os defeitos de um blog aberto como o Oraite, está o de ser lido por quem quiser, resolvi evitar citações a terceiros para poupar desagrados e desagravos.

É o medo de processo que faz, por exemplo, os médicos daqui cada vez mais distantes dos pacientes. O doutor faz de tudo para seque tocar nos pacientes durante as consultas - medir pressão e exames afins são feitos por enfermeiros e antes da entrada do médico, que recebe tudo na tela do computador. Se o médico precisa ver o paciente sem roupas uma enfermeira é chamada para acompanhar o procedimento. E é essa a maior revolta da Isa, frequentadora assídua de consultórios norte-americanos.

Isinha teve de desenvolver uma nova tara aqui e escolheu os médicos. A fixação oficial é frentista. Quanto a gente viaja de carro no Brasil ela não pode ver um posto que me ordena abastecer. Meu bem, mas a gente só gastou 1/4 do tanque. Não tem problema, amor, é sempre mais seguro andar com o tanque cheio.

Aqui não há frentista, os postos, como tudo, são do tipo faça você mesmo, é a sociedade do sozinho vencerei. É por isso que a Isinha sempre me pede para abastecer, mesmo quando estamos no carro dela. Lá vou eu, desco e fico com aquela mangueira enorme na mão. Só que enfiar a mangueira no tanque da Isa não é tão simples. Se ela não deixar, a portinha nem é aberta e fico eu lá com a mangueira na mão pedindo, libera o tanque, libera o tanque. Depois de meia hora fazendo doce, ele permite. Ponho a mangueira no tanque e começo a abastecer. Tá bom esse tanto? Não, não, pode pôr mais. Tem certeza? Tenho sim, vai botando, vai botando. E agora, já deu? Não, põe mais, põe tudo, enche até a tampa.

Pois sim, acontece que eu fui citado em outro blog, e sou obrigado a falar de um terceiro. Fábio Pannunzio. Exijo meu direito de resposta. Como no Brasil o Supremo revogou a Lei de Imprensa, vou fazer uso da minha prerrogativa de viver temporariamente sob o guarda-chuva da First Amendment, que me garante pleno freedom of speech. Freedom é a palavra mais sagrada do dicionário norte-americano. Eles enchem o peito para falar da 'nossa liberdade'.

Fábio achou por bem, correndo o risco de danificar a imagem pública de repórter investigativo, republicar alguns textos do Oraite em seu blog (visite: www.pannunzio.com.br). Fábio, para quem tem memória curta, é autor de belos trabalhos do jornalismo brasileiro, como localizar a Jorgina do INSS e detalhar por onde andou o PC Farias quando fugiu do Brasil. A reportagem que mais me agrada é uma da década de 90, quando Pannunzio, apurando a máfia da grilagem em Brasília, conseguiu registrar a área da Esplanda dos Ministérios para venda.

Visite o blog do Fábio aqui.

Beijos e saudades,

Imagem: pecademissaoevatrabalhar.files.wordpress.com

Nenhum comentário: