sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Ah, os doze...


Pois sim, este é a última e a primeira postagem do Oraite. Morre o Oraite nos Isteits e nasce o Oraiti. Se compliquei, explico. Já são três meses desde a volta da terra-do-Obamão-o-socialista e o velho Oraite continua no ar com uma última mensagem de maio. Voltamos para o Brasil em 15 de junho.

Ainda lá duas pessoas me perguntaram se o blog não teria um fim. Achei um exagero, são só dois leitores (a Isa e um tio-feirense-bancário-e-poeta), meio até dramática esse história de uma mensagem final. E o corre-corre dos últimos dias lá em Asheboro impediram a sentada. Foi duro, ninguém sabe o tanto que a Isinha comprou nos Isteits em três anos, fechamos cinco caixas de geladeira e jogamos num navio. Barco, este, aliás, perdido em algum lugar do Atlântico, se é que não foi parar no Pacífico, desviado pelo peso da carga mal distribuída no porão.

De volta ao calor do velho Planalto Central, à boa falta de (h)umi(l)dade de Brasília, um terceiro elemento me pergunta do blog. Opa, a dupla de leitores pode ser um triângulo. E veio um quarto comentário! Rapaz, ego e jornalista são sinônimos ocultos. Daí, tracei a meta: se doze pessoas perguntarem do Oraite, volto a escrever.

Fingi que esqueci o assunto e deixei a vida seguir. Procurar emprego é foda, nunca tinha feito isso. Os postos de trabalho sempre tinham me achado. E o tempo passando. Como quem não quer nada, passei a fazer um tracinho num papel na escrivaninha toda vez que alguém perguntava do blog.

Eis que o número cabalístico acaba de ser atingido. Ontem, a décima segunda pessoa me perguntou do Oraite. Tenho 12 leitores. Mais leitoras que leitores, para meu deleite e orgulho. Já estou fazendo o perfil sócio-econômico do público-alvo. Será disponibilizado em breve, logo que descobrir uma forma de fazer dinheiro com o blog. Adianto que todo mundo ganha mais do que eu, e apenas este anda de Fusca 86. Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, onze, doze. Uma dúzia. É tanta gente que não cabe nem em uma Kombi. Me sinto o próprio profeta.

Pois bem, por amor aos 12, em vez de um post-testamento, dou à luz ao Oraiti. Um apanhado do que foram os anos de América do Norte fica adiado, qualquer dia sai no novo Oraiti. E uma desculpa: tentei arrumar um nome melhor, mas fazer brainstorming sozinho é mais chato do que comer boneca inflável.

Visite o novo Oraiti.

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